2 de December de 2021

Por que o tema Sucessão, se tornou um dos assuntos mais importantes para quem faz parte de uma empresa familiar voltada ao agronegócio?

As empresas familiares, especialmente no meio rural, passaram por muitas mudanças nos últimos anos. Destacamos aqui, algumas destas mudanças que impactam diretamente o processo sucessório no agro:

– Profissionalização da atividade agrícola:

Hoje, a fazenda se tornou uma empresa rural, e, portanto, a divisão física do patrimônio entre os herdeiros passou a não ser mais a única preocupação e possibilitou planejar o processo na perspectiva de 3 importantes círculos: Família, Negócio e Patrimônio – focando na preservação da escala do negócio.

– Maior expectativa de vida:

Os avanços da medicina aliados a melhor qualidade de vida no campo permitiram que, mesmo após seus netos começarem a trabalhar, as pessoas vivam mais e permaneçam produtivas.

Isto fez com que, em vez de uma disputa entre gerações, houvesse o trabalho conjunto com combinação de papéis e valorização dos aspectos positivos de cada geração.

– Relações conjugais menos estáveis:

Sabemos que hoje existem vários formatos de relacionamentos, onde os casamentos estão mais instáveis e os cônjuges/companheiros adquiriram mais direitos, e portanto, a interferência de variáveis externas ao negócio aumentou consideravelmente e a preocupação em preservar o patrimônio na família também.

– Maiores oportunidades de trabalho:

Com maior acesso à formação superior, os membros das famílias de produtores rurais possuem hoje mais opções, podendo muitas vezes trilhar caminhos profissionais distintos em relação ao meio rural.

Esta realidade exige combinações claras sobre atribuições, remuneração, apresentação de resultados e limite de poderes entre sócios e gestores nas empresas familiares.

– Valorização das terras e maior resultado da atividade rural:

Com a crescente valorização das terras nas mais diferentes regiões do Brasil e o fortalecimento da imagem do Agronegócio, que a cada crise se mostra o setor com muitas oportunidades, mesmo para quem não quer trabalhar na fazenda, tem interesse em fazer parte das empresas rurais, recebendo informação e acompanhando o andamento dos negócios.

– Importância da sociedade familiar:

Com a importância da escala de produção e do aumento da complexidade para administrar uma empresa rural, muitas famílias buscam soluções para não dividir fisicamente a fazenda. As sociedades de pais e filhos, de irmãos e de primos são cada vez mais comuns no meio rural.

Estas mudanças no ambiente, atreladas a maior participação do custo tributário nas empresas rurais e avanços nas tecnologias de comunicação e gestão, mostram que o planejamento sucessório, quando as coisas estão bem, é FUNDAMENTAL para a continuidade do sucesso no agronegócio.

Se você está preocupado com a sua sucessão, é sinal de que você ou alguém na sua família trabalhou muito para construir algo de valor que se quer preservar.

Um bom planejamento, que contemple um olhar multidisciplinar, aumenta muito as chances de PRESERVAR O PATRIMÔNIO fonte de felicidade para sua família, honrando o passado e ajudando a construir um futuro mais próspero.

João Henrique Sanches Junior

Possui graduação em Direito pelo Centro Universitário Filadélfia – UniFil (2018). Pós-graduado em Teoria e Prática de Direito Empresarial pela Pontifícia Universidade Católica – PUC/PR – Campus Londrina/PR (2018-2019). Pós-graduado em Direito Civil e Processo Civil pela Universidade Estadual de Londrina – UEL (2019-2020). Está cursando Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) juntamente com Avaliação de Imóveis, ambos pelo IBREP. Pós-graduando em Privacidade e Proteção de Dados pela Escola da Magistratura Federal do Paraná – ESMAFE/PR e pela Escola Superior de Advocacia do Paraná – ESA/PR – Estuda o Direito Digital especificamente quanto a Proteção de Dados atuando como Consultor de Conformidade a Lei Geral de Proteção de Dados ( LGPD). Atualmente é Advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil Subseção do Paraná sob o n.: 92.283, Educador e Pesquisador (Ciclo 2020/2021) junto ao Grupo de Pesquisa do IDCC – Instituto de Direito Constitucional e Cidadania em Direito Aplicado ao Agronegócio: Desafios Jurídicos Contemporâneos.

 

Luiz Guilherme Beitum D’ Imperio

 

Possui graduação em Direito pelo Universidade Norte do Paraná – UNOPAR (2018). Pós-graduando em Planejamento Sucessório e Patrimonial. Atualmente é Advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil Subseção do Paraná sob o n.: 95.319.

 

Renato Ramos

 

Possui graduação em Direito pelo Universidade Norte do Paraná – UNOPAR (2018). Atualmente é Advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil Subseção do Paraná sob o n.: 99.576.

 


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